Segundo a
Polícia Civil, veículo era clandestino e havia saído de São Mateus do Maranhão
com destino à cidade de São Paulo. Acidente ocorreu ao lado do Ginásio Goiânia
Arena.
Duas
pessoas, que ainda não foram identificadas, morreram em um acidente de ônibus,
neste domingo (27), na BR-153, em Goiânia, ao lado do Ginásio Goiânia Arena. De
acordo com a Polícia Civil, o veículo, que era clandestino, caiu de um viaduto,
bateu contra um poste e acabou tombando às margens da rodovia, deixando ao
menos 41 feridos. O ônibus havia saído de São Mateus do Maranhão e viajava para
São Paulo.
Conforme
informou a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as 41 vítimas foram socorridas
pelo Corpo de Bombeiros, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu),
além das polícias civil e militar, pela própria PRF e pela Triunfo,
Concessionária que administra a rodovia.
Os feridos,
segundo a corporação, foram levados para o Hospital de Urgências de Goiânia
(Hugo), para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol) e para
Centros de Atendimento Integral à Saúde (Cais), e os feridos mais leves foram
atendidos dentro do ginásio pela Defesa Civil.
O Hugol
informou à TV Anhanguera que quatro passageiros, ainda sem identificação, estão
internados na unidade de saúde em estado grave. Já o Hugo não informou, até as
12h10 deste domingo, quantos pacientes vítimas do acidente estão no hospital,
mas adiantou que três já receberam alta médica durante a manhã.
O acidente
ocorreu por volta das 2h40 deste domingo, no km 499 do perímetro urbano da
BR-153, no Jardim Goiás, região sul de Goiânia. Conforme informações divulgadas
pela Delegacia de Investigação de Crimes de Trânsito, “por motivos ignorados”,
o ônibus derivou pela direita, caiu do viaduto e bateu contra o poste de
concreto.
Seguiam no
veículo, segundo a PRF, 49 pessoas, sendo 44 passageiros adultos, três
crianças, além do motorista e do guia do ônibus. Destes, pelo menos 41 ficaram
feridos no acidente e dois morreram.
Os corpos
das duas vítimas foram recolhidos e levados ao Instituto Médico Legal (IML) de
Goiânia, onde passam pelos processos de identificação.
Responsáveis
pela viagem
Conforme
apurou a TV Anhanguera, as passagens do ônibus de São Mateus do Maranhão para
São Paulo foram vendidas por uma agência de turismo maranhense. O responsável
por ela, Adonias Gama Araújo, afirmou que fretou o ônibus de um homem, que
também seria o motorista do veículo, para fazer o trajeto.
Ele afirmou
que, até as 11h45 deste domingo, não havia sido contactado pela Polícia Civil
para prestar quaisquer esclarecimentos e que não possuía uma lista com os nomes
dos passageiros já que, segundo ele, esta lista viaja junto ao veículo e pode
ter sido perdida durante o acidente.. A Dict afirmou que o ônibus era
clandestino.
Feridos
abrigados em ginásio
Como os
passageiros são de outro estado, os ocupantes do veículo que tiveram ferimentos
leves foram abrigados pela Defesa Civil de Goiânia no Ginásio Goiânia Arena. O
coordenador de Áreas de Risco do órgão, Sidicley Santana, afirmou que parte da
água que foi arrecadada para os atingidos no rompimento da barragem em
Brumadinho (MG) será doada para os feridos no acidente.
Segundo ele,
cerca de 20 pessoas, das mais de 40 feridas, foram levadas para o Ginásio
Goiânia Arena e reclamam que não há água potável no local.
“Nós estamos
acompanhando estas vítimas, dando toda atenção para que elas não passem por
nenhum tipo de necessidade. Elas alegam que há água no ginásio, mas apenas para
higiene, que a água para beber não está potável. Diante disto vamos conseguir doações
feitas aos atingidos em Minas Gerais, que estão em um shopping de Aparecida de
Goiânia, para suprir, por enquanto, a demanda aqui até sabermos para onde estes
feridos leves serão levados”, disse Santana.
Em nota, a
administração do Goiânia Arena esclareceu ao G1 que "não existe bebedouro
no local, apenas água para banho e nas torneiras do vestiário, o que está
funcionando normalmente". Disse ainda que "a água para para consumo é
colocada pelo contratante, quando o espaço é usado para evento. No caso
específico a água foi levada pela Defesa Civil, que também está fornecendo
alimentação e colchões".
Por Murillo
Velasco, G1 GO