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Os três
acusados do assassinato de Brunno Matos:
Joâo José, Diego Polary e Humberto
Marão
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Sentarão no banco dos réus, no 2º
Tribunal do Júri, na quinta-feira (2), os acusados Carlos Humberto Marão Filho,
Diego Henrique Marão Polary e João José Nascimento Gomes.
O pai do
advogado Brunno Eduardo Matos Soares, Rubem Soares, ao lado da família, vive a
expectativa do julgamento dos três acusados do crime, nesta quinta-feira (2),
no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís.
Em conversa
com o blog, Rubem Soares diz que acredita na justiça, com a condenação dos
acusados. “Diante de todas as evidências e da própria confissão do Marão, que
aponta seu afilhado como autor dos golpes que ceifaram a vida do Brunno e quase
leva o nosso outro filho a óbito, não tenho dúvidas da condenação dos três
indiciados”, disse Soares.
O jovem
advogado foi assassinado a facadas na madrugada do dia 06 de outubro de 2014, no
bairro Olho d´Agua, em São Luís, após a festa de comemoração da vitória do
senador Roberto Rocha.
Sentarão no
banco dos réus, no 2º Tribunal do Júri, os acusados Carlos Humberto Marão
Filho, Diego Henrique Marão Polary e João José Nascimento Gomes.
Carlos Marão
Filho foi pronunciado pela suposta participação na morte do advogado Brunno
Matos; o vigia João José Nascimento Gomes, pela suposta prática de homicídio do
advogado e tentativa de homicídio contra Kelvin Chiang; e Diego Polary, pela
suposta prática de crime de homicídio de Brunno Matos e tentativa de homicídio
contra Alexandre Matos.
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O advogado
Brunno Matos foi assassinado na
madrugada do
dia 06 de outubro de 2014
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O trio foi
pronunciado a júri pela juíza Samira Barros Heluy, em agosto de 2015. Na
ocasião, a magistrada disse que eles seriam levados a Júri Popular por haver
prova da existência de crimes dolosos contra a vida, com indícios da autoria,
inexistindo prova inquestionável de qualquer excludente de criminalidade.
Os réus
chegaram a recorrer da decisão, mas, em março de 2016, a 3ª Câmara Criminal do
Tribunal de Justiça do Maranhão manteve a decisão de pronúncia da juíza para
que eles fossem submetidos a júri popular. O colegiado seguiu entendimento do
desembargador Joaquim Figueiredo, relator do processo.
Confira o
que o pai de Brunno Matos falou ao blog.
Blog - Como
tem sido a luta da família por justiça?
Rubem Soares
- A luta por "justiça" tem sido muito desgastante. Nosso emocional
continua comprometido. Têm sido dias muito difíceis, cheios de tristeza, dor e
muita saudade. Tomamos todas as providências que foram possíveis para que
alcancemos essa vitória, que é colocar o assassino do nosso filho atrás das grades.
Você
acredita que a justiça será feita?
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Brunno Matos,
Alexandre e Rubem Soares
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Com relação
se acredito que a justiça seja feita? Sim! Diante de todas as evidências e da
própria confissão do Marão, que aponta seu afilhado como autor dos golpes que
ceifaram a vida do Brunno e quase leva o nosso outro filho a óbito, não tenho
dúvidas da condenação dos três indiciados.
No entanto
justiça mesmo seria ter o Brunno de volta, mas já que isso é impossível,
queremos pelo menos que os culpados paguem pela barbaridade que cometeram.
Você acha
que algum dos envolvidos pode mudar de versão para tentar livrar a pele de quem
possa ter sido o autor das facadas que tiraram a vida de Brunno?
Os réus
estarão sob juramento, e todos deram suas versões. Se alguém pode mudar a
versão é o vigia que por estar sendo constantemente ameaçado pelo Marão, pode
finalmente falar o que realmente aconteceu. Não creio que ele prefira ir para
Pedrinhas por medo de ameaças, aliás Pedrinhas é muito mais perigoso, até
porque o Marão não teria coragem de atentar contra o vigia, haja vista que o
mesmo fora avisado pelo juiz Gilberto de Moura Lima, para que ele mantivesse
distância do vigia, pois sabia das ameaças e que se as mesmas continuassem ele
mandaria prender o Marão.
Vai ser um
dia muito difícil, mas estou preparado para o que der e vier.
Como tem
sido a vida sem o Brunno?
A vida sem o
Brunno tem sido de muita dor, depressão, falta de alegria e desmotivação. Vivo
à base de tranquilizantes, os quais me acompanham desde aquele 06 de outubro de
2014. A vida perdeu a graça, perdeu o sentido. Os dias são todos iguais.
Fonte: Blog Gilberto
lima